Síndrome de Burnout: Estresse tem limite sim!
- Camila Bandeira de Mello
- 29 de ago. de 2018
- 1 min de leitura
Quando falamos em Síndrome de Burnout, logo muitos associam com o esgotamento físico e mental de trabalhadores. Não se engane. A síndrome também está muito presente no meio universitário. E sabe por quê? No decorrer da formação, estudantes são submetidos a cargas horárias elevadas e estressantes, associadas a estágios e práticas supervisionadas exaustivas. Somado aos estudos e aos estágios, muitos estudantes ainda se veem fora de casa pela primeira vez, assumindo inúmeras responsabilidades domésticas.
Em cursos de Medicina temos uma taxa global de 45,8% dos universitários acarretados pela síndrome. Mas sabe por que esse índice é tão elevado na área da saúde?
Estudos apontam para 8 grandes fatores:
1) Elevada carga horária das disciplinas
2) Muitas atividades extraclasses e extracurriculares
3) Percepção de estarem sendo avaliados constantemente pelos docentes
4) Dificuldade em ligar a teoria com a prática
5) Falta de acolhimento por parte das diferentes equipes de saúde
6) Contato recorrente com situações de sofrimento
7) Falta de reconhecimento da profissão (em alguns casos)
8) Falta de identificação com as atividades da profissão
Junto com todos esses sentimentos, soma-se a exaustão emocional, o que se torna maior ainda quando não se tem acesso frequente às redes de apoio usuais, no caso de universitários que saem de sua cidade natal para estudar.
Sabendo que há esse crescimento constante, precisamos nos atentar para os seguintes comportamentos: ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade e depressão.
Os sintomas da Síndrome de Burnout são sérios e precisam de cuidado. Não realizar o tratamento adequado pode gerar distanciamento dos estudos, desistências e prejuízo no rendimento profissional, o que aumenta mais ainda a tensão emocional.
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